TIPOS DE CRISES EPILÉPTICAS.


Crises epilépticas ocasionais constituem a maioria dos casos e geramente não se conhece sua origem. Crises ciclicas, como o nome denota, são periódicas, podendo relacionar-se ao ciclo de vigilia sono e fatores hormonais relacionado ao ciclo mestrual ou menopausa. Crises desencadeadas estão relacionadas a um ou vários fatores que induzem à crise, por exemplo, estimulos visuais intermitentes ou certos tipos de ruidos; neste caso , é possivel evitar os riscos de surgimento da crise não se expondo aos fatores desencadeantes. Em alguns pacientes, crises são desencadeadas por fatores específicos, como a privação de sono, fadiga física, ingestão de álcool, hipoglicemia, febre, hiperventilação, estados emocionais relacionados à preocupação, alegria, irritação ou tristeza, entre outros.
Crises generalizadas podem ser (1) do tipo tônico-clônicas, ou de 'grande mal ', a forma mais conhecida, caracterizada por perda de consciência, rigidez corporal  (na fase tônica), contrações musculares em todo o corpo e tremores das extremidades (fase clônica), podendo apresentar salivação intensa, incontinência urinária, mordida da língua e respiração ofegante, ou (2) do tipo crises de ausência, caracterizada pelo olhar fixo e 'perda de contato com o mundo' por alguns segundos, podendo retomar ao que estava fazendo logo em seguida.
Este último tipo de crise, por ser curta duração, nem sempre é percebido pelos familiares e ou professores.
Nas crises parciais (ou focais) simples não há perda ou alteração do estado de consciência e os sintomas dependem da região nervosa afetada.
Podem ocorrer convulsões, descontrole ou formigamento de um membro ou parte dele, sensações abdominais, tais como desconforto no estômoga, percepções visuais ou auditivas distorcidas e alterações transitórias da memória. Nas crises parciais complexas há alteração do estado de consciência, a pessoa se comporta como se estivesse 'alerta', mas não tem controle de seus atos. Geralmente, apresenta gestos automáticos como mastigar, esfregar as mãos, deambular (andar sem rumo), podendo continuar o desempenho, automaticamente, da tarefa que estava executando. Enquanto se recupera, o paciente se sente confuso e apresenta alterações transitórias da memória.
Quando a crise termine, em geral, não se recorda do que aconteceu.
Escrito por Dra. Valéria C. Costa e Dr. Gilberto Xavier, pelo Laboratório de Neurociência e Comportamento do Instituto de Biociência da Universidade de São Paulo (USP)

Comentários

  1. Gente, eu tenho crise de ausencia.
    Mas isso nunca me atrapalhou, sou assistente social e administradora.
    Descobri recentemente problemas relacionados a infertilidade, tenho 27 anos e um tipo de menopausa.
    Preciso de informacoes ou indicacoes de tratamento com especialista.
    Sera que isso tem fundamento?

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