ATIVIDADES LÚDICAS! A capacidade como crianças se desenvolvem depende muito da livre interação entre indívíduos.
Kathryn Hirsh-Pasek, Psicóloga do Instituto de Psicologia da Temple University, Filadélfia (Estados Unidos) sugere, como outras atividades pedagógicas, elementos que não são tão levados a sério pelos educadores e pais, como os filmes e o teatro, as atividades culturais em geral e, mais ainda, as próprias atividades lúdicas. "Nos recreios escolares, por exemplo, as crianças em geral, mas especialmente os meninos, desenvolvem boa parte de sua capacidades de interação social, e aprendem a estabelecer seus espaços individuais no grupo. Esses momentos de convivência e interação social podem fornecer 'munição' para futuros relacionamentos na fase adulta, e falhas nesse tipo de aprendizado, podem criar traumas sérios nos mais jovens. Estudos realizados em escolas norte-americanas revelam que meninos sem esse tipo de estímulo podem crescer como indivíduos introspectivos, que tendem a se submeter aos outros e não valorizar. Não queremos uma nação de pessoas que baixem suas cabeças para tudo, considera a psicóloga.
Para a especialista, a educação da criança deve valorizar "a comunicação, a colaboração, o conteúdo, o pensamento crítico, a criatividade/inovação e a confiança. Ela argumenta que a "a comunicação é um elemento decisivo na formação das crianças, e a capacidade como elas a desenvolvem depende muito da livre interação entre indivíduos".
A psicóloga norte-americana diz que, em uma rotina saúdavel, "as crianças devem ser expostas a atividades que estimulem todas as potencialidades, se possível. E devem possuir muito tempo para atividades lúdicas. Em um dia, a criança pode, por exemplo, ir à escola, assistir a um filme em casa, brincar com os amigos da vizinhaça, talvez realizar alguma atividade esportiva e descansar." A própria escola, por sua vez, poderia providenciar algumas atividades de natureza menos impositiva para os alunos, o que já seria de grande ajuda.
Cabe como sugestão, segundo ela, a introdução de música ou teatro nos curriculos escolares, porque estas são atividades reconhecidamente capazes de estimular a criatividade do alunos. "As escolas também devem valorizar as leituras dos alunos, indicar material de conteúdo agradável, capaz de chamar a atenção para esse hábito, que hoje é pouco valorizado, mas que também possui um papel essencial em uma formação crítica", afirma.
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