CRACK E NEURÔNIOS.

O crack provoca morte de neurônios de um modo muito mais agressivo do que aquele observado quando o usuário cheira ou injeta a cocaína, como mostram estudos in vitro realizados na faculdade de Ciência Farmacêuticas (FCF) da USP. Isso porque, ao fumar uma pedra da droga, o usuário inala não apenas a cocaína, mas também uma substancia derivada de sua pirólise, um éster denominado metilecgonidia (AEME).
Por isso, os danos são muito maiores, pois o usuário sofre os efeitos tanto da cocaína como da AEME, explica a professora Tania Marcourakis, do Departamento de Analise clinicas e Toxicológicas da FCF, que é responsável por uma linha de pesquisa sobre o tema. A conclusão foi obtida durante o mestrado do aluno Raphael Caio Tamborelli Garcia, que atualmente cursa doutorado nos Estados Unidos justamente para verificar, com testes em ratos, se a AEME é apenas neurotoxinas ou tem alguma contribuição na dependência.
Os pesquisadores realizaram estudos in vitro utilizado uma cultura primaria de neurônios extraídos do hipocampo, região do encéfalo ligada á memoria, mas de fetos de ratos. Os cientistas descobriram que nas amostras onde incubaram a AEME e a cocaína juntas, durante um período de 48 horas, houve pelo menos 50% mais mortes de neurônios, em comparação, às amostras onde a cocaína e a AEME foram incubadas isoladamente na cultura primaria de neurônios. Esses resultados indicam que o usuário de crack pode estar exposto a uma maior neurodegeneração em relação aos usuários de outras formas de uso da cocaína.
Fonte Agencia USP 

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