EPILEPSIA! Nas crises parciais simples não há perda ou alteração do estado de consciência, e os sintomas dependem da região nervosa afetada.


A incidência de epilepsia é da ordem de 1% nos países desenvolvidos, um pouco maior nos países em desenvolvimento e ao redor de 2% em países subdesenvolvidos, provavelmente em decorrência de desnutrição, enfermidade infecciosas e atenção médica insuficiente.
Estima-se que cerca de 3milhôes de brasileiros (1,6% da população) têm alguma forma de epilepsia.
Aproximadamente 75% dos pacientes epilépticos começam a ter crises na infância ou adolescência.
O diagnóstico da epilepsia é clínico, ou seja, baseia-se na história relatada pelo próprio paciente e por seus familiares sobre o que acontece antes, durante e depois de uma crise. Além dos exames neurológicos de rotina, exames complementares mais utilizados para o auxílio diagnóstico incluem eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem.
A epilepsia é uma doença grave que pode levar à morte quando não tratada. O diagnóstico precoce apontando a(s) causa(s) das crises permite prescrever o tratamento adequado. Medicamentos antiepilépticos ou anticonvulsivantes são eficientes em 70% a 80% dos casos, levando à cura ou à diminuição da frequência e da intensidade das crises. Alguns medicamentos parecem evitar o espalhamentos da atividade nervosa convulsante, enquanto outros, por aumentarem o influxo de cloro nos neurónios, tornam-nos menos sucetíveis ao disparo de impulsos. Em alguns casos, as crises desaparecem com o tempo e medicação pode ser suspensa. Os demais casos não respondem aos medicamentos, sendo indicado o tratamento cirúrgico que consiste na remoção da região nervosa lesionada, ou foco epiléptico, ou das conexões nervosas que permitem a propagação das descargas anormais.
Trinta e três por cento das crianças epilépticas exibem melhora significativa quando expostas a uma dieta rica em gorduras associada a quantidades reduzidas de açucares e proteínas; aproximadamente 1% delas chega a ter suas crises inteiramente controladas com esse tratamento.
A epilepsia do lobo temporal mesial é o tipo mais comum. Sua importância e intensa investigação decorrem de sua resistência ao tratamento medicamentoso. Ademais, em 50% a 70% desses casos há esclerose hipocampo (aumento patológico das células da glia e perda de células nervosas do hipocampo, estrutura nervosa envolvida no processamento de memoria) acompanhada por atrofia da amígdala ( região nervosa envolvida em funções afetivas). Não surpreende, portanto, que estes pacientes exibam prejuízos emocionais, sensório-motores e de memória, além de problemas psiquiátricos, especialmente depressão e ansiedade. Acredita-se  que a esclerose hipocampal pode estar associada a uma história prévia de injuria, por exemplo, convulsão febril prolongada na infância, além de fatores genéticos. Além disso, crises repetidas podem piorar adicionalmente a atrofia dessas estruturas nervosas, aumentando ainda mais as crises epilépticas. Como esse tipo de epilepsia exibe resistência a medicamentos, é comum se recorrer ao tratamentos cirúrgico. Neste caso, realiza-se a remoção da parte afetada do lobo temporal.
Escrito por VALÉRIA C. COSTA e GILBERTO F. XAVIER

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