DESEJAR MATAR O OUTRO! SATISFAÇÃO HUMANA EM OBSERVAR A DESGRAÇA DO OUTRO!


A proposta de conhecer os conteúdos de nossa psique, que ultrapassam aqueles que conseguimos livremente comunicar às pessoas, não é de forma alguma simples. Quanto mais nos aprofundamos no reconhecimento de certos aspectos de nossas mentes, maior a possibilidade de depararmos-nos com o que poderíamos chamar de estranho. A percepção e reconhecimento dos componentes de desejos primitivos que habitam nossas mentes causam sempre um desconfortos, e muitas vezes repulsa. Por que será? Repulsa em saber o quanto somos ruins em desejar a desgraça do outro e ao mesmo tempo sentir vergonha de ser MAL, existe uma guerra muito grande entre a minha vontade interna e a minha fala externa em relação aquele outro que me humilha. MÔNICA DE PAULA SILVA, psicopegadoga (2011).
Nesse caso não se admite desejar algo que na verdade se deseja. Como no mito de édipo, que cega os próprios olhos ao descobrir que matou seu pai e casou-se com sua mãe, nossos desejos profundos trazem um duplo sentimento. Desejamos o mal , ficamos arrependidos por desejar isso, porém existem casos que não existe o sentimento de arrependimento, onde o sentido é um SÓ, ou a justificativa é colocar toda a culpa no outro e alivia a sua maldade.MÔNICA DE PAULA SILVA, (2011).
Desejamos e o mundo (pelo qual necessitamos ser aceitos) nos diz que não. é como se sentíssemos que temos algo em nós, o qual não queríamos ter, assim muitas vezes acabamos por tentar não sentir. Na verdade , esse é o principio gerador da NEUROSE segundo Freud." Aquilo que sentimos e não podemos revelar para nós mesmos nem para o outro é o que cria os sintomas da neurose. Já pensou você relatar tudo ao outro exatamente o que você está sentindo ou pensando? Onde buscar essa coragem? Falar o quanto você não suporta o outro e conviver com esses sentimentos. Aquilo que você não GOSTA no outro é exatamente o que está em você em oculto, porisso que encomoda. MÔNICA DE PAULA SILVA, (2011).
Assim como Freud nos traz a idéia de que todos somos NEURÓTICO em alguns grau e Bion, expandindo esse pensamento, propõe que todos temos uma parte psicótica em nossa mente e reconhecer essas porções em nós nos capacita em lidar com elas e nos prepara para viver. Conhecer a si próprio, ser sincero com seus sentimentos, nos torna capazes de evitar o pior para nossas vidas, conversar com pessoas que temos vínculos profundos e não qualquer pessoas, nos ajuda a elaborar nossas angustias e vontades de fazer o pior. MÔNICA DE PAULA SILVA (2011).
Escrito por Renato Dias Martino é psicólogo e psicoterapeuta.


Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O PODER MUDA AS PESSOAS.

Imagem
O  psicanalista J. Lacan, observou que a partir do momento em que alguém se vê "rei", ele muda sua personalidade. Um cidadão qualquer quando sobe ao poder, altera seu psiquismo. Seu olhar sobre os outros será diferente; admita ou não ele olhará "de cima" os seus "governados", os "comandados", os "coordenados", enfim, os demais. E star no poder, diz Lacan, "dá um sentido interiormente diferente às suas paixões, aos seus desígnios, à sua estupidez mesmo". Pelo simples fato de agora ser "rei", tudo deverá girar em função do que representa a realeza. Também os "comandados" são levados pelas circunstâncias a vê-lo como o "rei do pedaço". Concordo com Lacan, realmente as pessoas mudam quando estão no poder, lembro me dê um certo homem que quando assumiu o cargo político, não demorou muito tempo para achar que realmente estava acima do bem e do mal. Interessante foi ter lido em um artigo ond
Leia mais

CRACK E NEURÔNIOS.

Imagem
O crack provoca morte de neurônios de um modo muito mais agressivo do que aquele observado quando o usuário cheira ou injeta a cocaína, como mostram estudos in vitro realizados na faculdade de Ciência Farmacêuticas (FCF) da USP. Isso porque, ao fumar uma pedra da droga, o usuário inala não apenas a cocaína, mas também uma substancia derivada de sua pirólise, um éster denominado metilecgonidia (AEME). Por isso, os danos são muito maiores, pois o usuário sofre os efeitos tanto da cocaína como da AEME, explica a professora Tania Marcourakis, do Departamento de Analise clinicas e Toxicológicas da FCF, que é responsável por uma linha de pesquisa sobre o tema. A conclusão foi obtida durante o mestrado do aluno Raphael Caio Tamborelli Garcia, que atualmente cursa doutorado nos Estados Unidos justamente para verificar, com testes em ratos, se a AEME é apenas neurotoxinas ou tem alguma contribuição na dependência. Os pesquisadores realizaram estudos in vitro utilizado uma cultura primar
Leia mais

OFICINA PSICOPEDAGÓGICA NO TRATAMENTO DO DEPENDENTE QUÍMICO.

Imagem
INTRODUÇÃO         As intervenções na oficina psicopedagógica com os dependentes químico em clínica de recuperação apontaram melhoras na socialização e auto estima, auxiliando a manutenção da memória, raciocínio lógico e outras áreas cerebrais afetadas pelo consumo de drogas e resgatando o desejo pela leitura.  A oficina psicopedagógica tenta desenvolver as possibilidades do indivíduo enquanto sujeitos da sua própria história, capazes de mudar o seu destino com possibilidade de viver algo novo, através da aprendizagem. Somente em 2002, em concordância com as recomendações da III- Conferência Nacional de Saúde Mental, que o Ministério da saúde passou a implementar o Programa Nacional de Atenção Comunitária integrada aos usuários de álcool e outras drogas, reconhecendo o problema do uso prejudicial de substância como importante problema da saúde pública e construindo uma política pública especifica para a atenção às pessoas que fazem uso de álcool ou outras drogas men
Leia mais