ENCONTRAMOS O TERROR NO MUNDO EXTERNO COMO UM ESPELHO DE TERRORES QUE HABITAM NOSSA PRÓPRIA ALMA.


Em última análise, somos atraídos por algo por que não conhecemos bem aquilo. Atrai-nos para que conheçamos, possamos ter ciência.O terror pode ser encontrado no mundo externo, podemos realmente achá-lo ali, sempre como um espelho de terrores que habitam nossa própria alma. Tudo que pode ser compreendido no mundo externo, um dia foi percebido internamente. Viver o terror nos lembra de nossa pequenez perante o mundo. O contato com o terror recorda ao deus que existe em nós, nossa parte mortal, nossa própria mortalidade. Revela a vulnerabilidade humana e a fragilidade da vida. Faz-nos recordar de algo que vivemos tentando esquecer. Uma verdade que, por intermédio de medicamentos psicotrópicos, operações plásticas e outra infinidade de progressos tecnológicos, nos é permitido adiar. Nossa terror interno nos demanda manutenção constante. Seja como for, a contemplação do terror é em si uma oportunidade de nos sentirmos vivos e nos responsabilizarmos por isso. Ao entrar em contato com a morte, a alma sente intensamente a vida.
Escrito por Renato Dias Martino é psicólogo e psicoterapeuta.

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