HUMILHAÇÃO!


AM, 39 anos, engenheira, sofria de crises intensas de dor de cabeça especialmente após eventos estressantes relacionados ao questionamento de sua capacidade. Durante a psicoterapia, AM observou o quanto se esforçou no âmbito familiar e na escola para atender às demasiadas expectativas dos pais e mostrar que era capaz de ser "primeira da classe". Lembrou-se de situações traumáticas de espaço em várias fases da vida e que a primeira crise aguda de dor de cabeça ocorrera na faculdade de engenharia depois que um professor a humilhou perante os colegas. AM se sentia desamparada, tinha um ritmo interno acelerado como se o estado de alerta para sobrevivência estivesse em "curto circuito" e não mais desligasse: "Minha vida é um campo de batalha e tenho que dar conta por mim mesma!"
Ao tomar consciência da relação entre a sobrecarga do imenso esforço para perceber, não se colocada de lado, e a dor de cabeça, AM começou exercícios ministrados na psicoterapia para desacelerar o ritmo interno. Entre outras lições de casa, AM passou a ampliar o escasso repertório de bem estar por meio dos canais sensoriais (tátil, olfativo, auditivo, gustativo e visual) em gestos simples do dia, como tomar um banho, almoçar e ouvir música apreciando esses momentos. Além da dimensão do agradável. AM inseriu em sua vida a consciência que ela pode acolher e ser provedora do bem-estar: Aos poucos, a tranquilidade e a segurança permitiram AM viver com qualidade, ao invés de sobreviver com esforço, e as crises de dor de cabeça atenuaram significativamente quanto a frequência e a intensidade.
Iniciais, idades e profissionais ficticía para preservar a identidade dos pacientes.
Escrito por PERES, Julio & PERES, Mario. Psychological in chronic pain: implications of PTSD for fibromyalgia nd headache disorders. Curr Pain Headache Rep. 13(5): 350-7,2009.

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