ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA A ESCOLA.


As crianças passam ao menos um terço de seu dia na escola em contato com professores e colegas. Qualquer transtorno mental altera seu comportamento social e causa frequentemente déficit na aprendizagem acadêmica.
Além de ser muito importante os profissionais da escola conhecerem os sintomas do TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR, devem também estar preparados para ajudarem essa criança durante os momentos em que para ajudarem dominar seus comportamentos.
Profissionais ou familiares bem informados podem orientar os professores e funcionários sobre:
  • As causas e características comportamentais do transtorno para que as mudanças de humor não sejam mal interpretadas e consequentemente as reações desses adultos sejam adequadas;
  • O modo como lidar com a criança/adolescente bipolar deve considerar sempre a afetividade para permear as relações sociais e o processo ensino-aprendizagem, preocupando-se com a autoestima desses alunos e valorizando individualmente seus comportamentos positivos, sem enfatizar os negativos;
  • Criar rotinas previsiveis (horários, local, comportamento do profissional). mas evitar tarefas repetitivas ou longas, pois estas crianças respondem melhor às atividades e às tarefas curtas;
  • Introduzir sempre novidades para manter a atenção, a motivação e descobrir o estilo de aprendizagem da criança e favorecer o uso de recursos como gravador, computador, jogos de regras (especialmente), contar e escrever histórias, leituras de seu agrado, exercícios sensorio-motor, de raciocínio;
  • Não esquecer a importancia de dosar as instruções e tarefas em quantidades que permitam na maior parte das ocasiões, um desempenho positivo do aluno: tomar flexível o tempo de execução das tarefas pedagógicas, de acordo com o seu momento emocional, por exemplo;
  • Procurar manter acordo feitos e oferecer feedback imediato ao aluno;
  • Estabelecer claramente para o aluno o que se espera dele e recompensar o bom comportamento e desempenho, elogiando e encorajando a transposição de seus próprios limites;
  • Envolver a criança/adolescente no processo de aprendizagem, de maneira a encorajá-la e motivá-la a tentar transpor suas limitações: como todos os alunos, a criança portadora de um transtorno mental é uma pessoa a ser respeitada e tratada afetivamente dentro das normas sociais do grupo.
  • Estabelecer e manter firmemente os limites, trabalhando a impulsividade, mas nunca usando de punição ou de reprimendas para evitar frustações, o medo ou a baixa autoestima.
  • Estudos demonstraram uma correlação significativa entre sintomas depressivos e prejuizos nas funções executivas e da memória, o que promove um rendimento escolar abaixo do aparente potencial da criança.

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