PSICANALISTA NO DIVÂ.


A atividade do psicanalista também está na lista das consideradas altamente estressantes e isso faz com que seja necessário passar, inclusive, de papel de analista a analisado. "Na fase de formação que leva em média de cinco a sete anos, o ideal é que 'deite no divã' de um psicanalista mais experiente de três a cinco vezes por semana", diz Sérgio Eduardo Nick, diretor-superintendente da Federação Brasileira de Psicanálise (FEBRAPSI). Segundo ele, no decorrer da carreira, ainda deverá ser assistido, quando passar por situações mais complexas, em que não consiga administrar o aumento das tensões internas.
O especialista alerta que caso não houver esse procedimento, há o risco do desenvolvimento do sofrimento psíquico, como de casos de alcoolismo e até de suicídio. "A vida pessoal do psicanalista pode ficar comprometida. Em alguns casos, começa ainda ter atitudes de amigo com o cliente e perder o distanciamento necessário ao analista e isso se torna um sofrimento", explica.
"O mais estressante para o psicanalista é não conseguir se apronfudar na experiência emocional do cliente e não saber lidar com angústia que nunca elaborou internamente", avalia Nick.
Outra atividade que envolve alto grau de estresse, é exercida por psicólogos que atuam em missões humanitárias. Esses profissionais precisam lidar com tragédias, traumas, situações precárias de fome e saúde física e mental das vítimas.
' O psicólogo que atua em conflitos e em missões humanitárias, muitas vezes, passa horas seguidas sem conseguir se evadir dessa experiência, para poder recuperar sua tranquilidade. Só personalidades muito peculiares, resilientes, conseguem manter essas atividades. mas o ideal é que sejam assistidos também. Não existe a supermente, que suporte tudo", comenta Sérgio Nick

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