PSICOSE E NARCISISMO! Especialista indica que o comprometimento do lobo frontal ou anóxia no perto podem predispor o sujeito a cometer crimes.

A psicanalista Rosana Ferreira Machado compartilha da opinião de que apontar apenas um único fator que explique os comportamentos desses criminososo é insuficiente.

"Precisa ter uma série de fatores simultâneos para o sujeito passar  agir como serial killer", opina. A analista indica um conceito defendi por Melanie Klein como pista para entender o processo psíquico desses criminososo: "acredito que estas pessoas sofram de uma fixação gravíssima na fase esquizoparanoíde, na qual a criança possui uma raiva muito grande que precisa ser dissipada pela mãe". Rosana ressalta que uma segurança afetiva, por si só, não explicaria a conduta desses criminososos, mas aponta um dado relevante, " muitas crianças, para poder dar conta de suas angústias, desenvolvem acentuada racionalidade, uma das características da psicopatia."

É importante frisar que a psicopatia, dentro da nosografia da Psicanálise, não está enquadrada nem na neurose, nem na psicose e nem nas perversões. "Ela pode ser descrita como um conjunto de sintomas em diferentes graus em qualquer estrutura ou organização da personalidade. Talvez as mais próximas sejam as perversões", explica. "Não só a sexual, mas a social também, no sentido de burlar normas, cujo traço predominantes é o ser perverso". Outro indicativo sobre o funcionamento da psique dos criminososo diz respeito à formação do superego na infância.

"Ele é formado a partir da transgeracionalidade e com a identificação com os superegos dos pais. Se este aspectos da psique dos pais é frouxo, de modo a permitir que a criança faça tudo sem limites, a estruturação estará comprometida. Exemplo comum é daqueles em que a criança não é contida nem repreendida em seu sadismo ao matar um animal".

Segundo Winnicott, cuja obra se destaca por seu profundo estudo da psique infantil, toda criança precisa, numa escala progressiva de tempo, ser frustada de acordo com a sua capacidade de suportar a frustação, para que com isso ela se insira na realidade.