DEPRESSÃO INFANTIL!


Segundo Lopes, Machado, Pinto, Quintas e Vaz (1994). o estudo sistemático de depressão infantil é muito recente. Tal fato deve-se, em parte, às concepções teóricas vigentes até então, que associavam a depressão a certas características de personalidade do sujeito.
Mais recentemente, estudos têm fornecido dados apontando que o fenômeno da depressão infantil é muito mais frequente do que se possa imaginar.
Apesar de inexistir uma definição consensual acerca da depressão infantil, pode-se afirmar que se trata de uma perturbação orgânica que do ponto de vista biológico, a depressão é encarada como uma possível disfunção dos neurotransmissores devido à herança genética, a normalidades e/ou falhas em áreas cerebrais especificas.
Segundo Nissen (1983), os principais comportamentos que caracterizam a depressão infantil são: o humor disfórico, a autodepreciação, a agressividade ou a irritação, os distúrbios do sono, a queda no desempenho escolar, a diminuição da socialização, a modificação de atitudes em relação à escola, a diminuição da socialização, a modificação de atitudes em relação à escola, a perda da energia habitual, do apetite e/ou peso.
Para a apresentação de um diagnóstico preciso da depressão infantil é necessário considerar que: pelo menos quatro desses sintomas estejam presentes no repertório de comportamentos da criança, por um período mínimo de tempo equivalente a duas semanas anteriores à avaliação.
É necessário atentar para o fato de que, quanto mais problemas de comportamento a criança apresentar, maior será a probabilidade de esta se instalando um quadro depressivo, visto que a depressão poderá interferir nas atividades associadas à cognição e à emoção. Ocorre que quando tal criança não é tratada a tempo, poderá desenvolver padrões de comportamento que se tornam resistentes a mudanças. (Amaral & Barbosa, 1990).
Conforme afirmam Barbosa e Lucena (1995). O comportamento depressivo na infância ocorrerá, frequentemente, no contexto educacional, sendo o baixo rendimento escolar um dos primeiros sinais do surgimento de um possível quadro depressivo.
Também deve ser ressaltada a importância da família da criança, visto que a depressão pode acarretar problemas no seu repertório comportamental, variando desde extrema irritabilidade à obediência excessiva, podendo ainda ocorrer uma instabilidade significativa com relação a esses comportamentos (Barbosa & Lucena, 1995).
Outro fator relevante ao qual se deve observar são as crianças que possuem pais depressivos que parecem ser mais propensas a desenvolver a depressão, pois imitam os comportamentos depressivos dos pais.
Diante desses fatores, há de ser ressaltada a importância da execução de um processo de avaliação da depressão infantil em crianças na fase escolar.
Escrito por Rosane Nicacio Pamponet Martins de Carvalho, Pedagoga, Psicopedagoga e cursando Neuropedagogia.

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