QUAL A IDADE CERTA PARA IMPOR LIMITES?

Há limites que devem ser ensinados desde bebês. Naturalmente existem casos especiais onde crianças necessitam de maiores cuidados. Estou falando aqui de crianças que nasceram absolutamente normais e cujos pais têm que aprender a ser absolutamente normais também.
Então vamos usar um exemplo bem corriqueiro: a criança por volta dos três meses de idade já consegue dormir por um período maior uma vez por dia. E este período tem que ser à noite. Aos poucos deve se adaptar este horário e transferi-lo para a noite, ou seja, acordar o bebê durante o dia para que ele possa mamar e deixar a noite para dormir mais tempo.
Fácil falar não é? Há bebês que não mamam mesmo quando acordados e incentivados, não sentem fome e só vão sentir fome à noite quando você quer dormir. Não se desespere, cada criança tem seu ritmo. Com calma amor e carinho você vai conseguir.
Mas vamos partir do ponto em que seu bebê já consegue dormir a noite. Ele jantou, mamou, está limpinho, não está sentindo nenhuma dor, não são gazes nem arroto, pois você já tomou os devidos cuidados e, no entanto ele não pára de chorar.
Se ele ainda é bem pequeno e não sabe ainda virar de lado, o bebê se sente mais seguro se colocarmos um apoio em suas costas, que pode ser uma almofada ou um cobertor enroladinho. Quando muito pequenos eles não tem ainda equilíbrio e qualquer movimento brusco do próprio corpo os assusta dando-lhes a impressão de que vão cair. Eles precisam se sentir seguros como estavam no útero cercados de calor.
O que fazer então se todos estes pontos já foram checados? Se ele é bem pequeno, nenhuma mãe e nem mesmo um pai zeloso vai conseguir deixá-lo chorar, então é melhor se revezar e no dia seguinte agüentar o cansaço.
Há alguns povos orientais que permitem, quando a criança tem menos de um ano, que ela durma junto com os pais, no meio deles. A criança adquire segurança porque é envolta em carinho, amor, se sentindo segura por ter ao seu lado os pais que a amam e que demonstram isso claramente.
Mas isto só é benéfico para estes pais orientais porque o pai tem consciência de que está fazendo isto pelo bem de seu filho, porque seu filho precisa se sentir seguro.
Aqui no Brasil isto não é possível porque a reação do pai numa situação desta é que esta perdendo seu lugar; sente ciúmes porque a mãe “prefere” ficar com o filho ao invés de dar atenção ao pai. A cultura no Brasil infelizmente ainda visa muito o próprio “eu”. Quando as pessoas descobrirem que servir ou fazer alguém feliz é muito mais gratificante de que fazer algo para si próprio, isto vai mudar.

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