DESEQUILIBRIO MENTAL! Sintomas na visão PSICANÁLITICA.
Na Psicanálise, considerando que os sintomas psicóticos têm suas raízes e sua base de compreensão nas vivências primitivas comuns a todos os indivíduos. O perturbador nesta idéia é a estranheza de um mecanismo que se faz algo adequado num período da história pessoal seja a mesma matéria de uma experiência radicalmente diferente, de aparente alienação da realidade. Por exemplo, o medo de uma ameaça externa imaginária, comum nas crianças, torna-se um delírio de perseguição. A raiva por uma frustração, algo tão corriqueiro, se transforma num ataque de fúria. A tristeza por uma perda ou uma separação se transmuta em uma depressão na qual há um desligamento de tudo ao redor.
Chama a atenção, nas breves descrições anteriores, que no estado psicótico tudo gira em torno do próprio indivíduo, como se este fosse o centro do universo. Repete-se, desta forma, um momento primordial da infância em que, pelo seu estado de desamparo, o pequeno ser humano exigia que o ambiente desse a ele uma atenção constante. A isso chamamos de narcisismo, gratificando em boa parte as demandas narcisistas, permitirá que o individuo crie recursos próprios para lidar consigo e com o mundo externo, especialmente as frustrações que este inevitavelmente causa.
Gradativamente, num processo que leva muitos anos, essas relações melhoram à medida que se toleram mais decepções e se busca o prazer possível. No entanto, falamos de uma situação ideal, porque estamos sempre às voltas com essas vivências primitivas que permaneceram no inconsciente. QUEM NÃO TEM OS SEUS "ACESSOS DE LOUCURA", VEZ OU OUTRA?
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