A CORRUPÇÃO E A PSICANÁLISE.

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Para Psicanalise, a corrupção pode ser entendida como fenômeno, que se produz no entrecruzamento de três espaços psíquicos distintos:
a) Individual, marcado por um funcionamento mental paranoico;
b) Intersubjetivo, no qual a pessoa que tem poder ENLOUQUECE, com a ajuda das pessoas com quem convive;
c) Institucional, em que a corrupção foi transformada em uma instituição.
A participação de cada um desses três espaços psíquicos pode se dar em proporções diferentes, originando "corrupções" distintas.
Respectivamente: a) Como sintoma de uma estrutura patológica;
b) Como efeito de um enlouquecimento mais ou menos transitório;
c) Como modo de vida. A corrupção descarada e deslavada é efeito da potencialização recíproca desses três espaços psíquicos.
Começo abordando o funcionamento paranoico, ligado ao espaço psíquico individual, aqui se refere tanto a uma pessoa, quanto a um grupo, por exemplo, um partido politico.
Psiquicamente, o paranoico não é capaz de conceber, nem de processar, situações complexas. Ele, simplesmente, não tem esse Chip. Por isso, as situações são simplificadas e reduzidas a um esquema binário, no qual o bem e o mal são vividos como absolutos.
Sua visão de mundo é sempre nós, os bons, contra eles, os maus.
O paranoico se percebe como perfeito, melhor do que os outros: é justo, correto e  bom, enquanto os outros são injustos, estão errados e são mal.
Candidamente, ele se põe no centro do mundo; só existe uma opinião, a dele. Por isso, tem a expectativa sincera de que o outro reconheça sua superioridade e se submeta a ele, renunciando a suas próprias necessidades e desejos.
Texto escrito por Marion Minerbo, Revista Psique n°109 pag. 48 .

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