VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA QUE VAI MINANDO O BEM-ESTAR E A AUTOCONFIANÇA.
A psicóloga Daniela Vanzan em seu dossiê “Uma prática
silenciosa que atinge milhões”, publicado na Revista Psique n° 145, no mês de
Abril/2018.
Ela fala sobre “O desafio”.
Mas o que parece que a vida deseja dos envolvidos? Qual
parece o desafio deles?
Diante de adversidade e momentos de dor, somos convidados a
reavaliar nossa conduta e a modificar crenças, traços de caráter e atitudes que
já não faz sentido mantermos em nossas vidas.
A dor nos aponta um caminho inevitável: a transformação.
Ao mantermos condutas e formas de pensar que não fazem mais
sentidos, surge a dor como um aviso de que algo em nossa estrutura interna ou
externa precisa ser modificado. E quando resistimos às mudanças, a dor e a
pressão aumentam ainda mais até que a mudança se faça.
Não existe outra ida ou caminho.
Parece que somos impulsionados a nos modificar e nos
desenvolver a cada dia. E quando emperramos, lá vêm à dor e o sofrimento nos
dar um empurrãozinho. Nossas relações e experiências vivenciadas nos levam a
disparar novos processos que precisamos trabalhar.
Algumas pessoas têm maior facilidade em modificar estruturas
antigas e logo fazem o movimento necessário para acabar com aquele desconforto.
Outras, mais rígidas ou temerosas, tentam manter a estrutura antiga até que a
dor fica insuportável a ponto dela sucumbir a fazer qualquer movimento que possa
aliviar aquela dor.
O fato inegável é que uma vitima acaba sempre atraindo um agressor.
E isso ocorre infinitas vezes, até que a vitima se modifique, fortaleça a sua
estrutura e consiga sair desse papel.
Isso demanda uma árdua e longa jornada, que envolve desde a
tomada de consciência do papel que ela ocupa nas relações até o momento em que
se empenha em modificar o que é preciso para mudar essa difícil e dolorosa
realidade.
Dizem que ninguém muda ninguém. Mas podemos afirmar que ninguém
muda sozinho. Existe sempre uma força que provoca e impulsiona a mudança que se
faz necessária. E, muitas vezes, essa caminhada exige o acompanhamento não só
de parentes e amigos como um profissional habilitado a auxiliar nessa travessia.
O mais importante na jornada é fazer o movimento para aliviar a dor e deixar de
atrair o mesmo padrão de relacionamento abusivo. Pois enquanto não aprendemos a
lição necessária continuaremos atraindo para o nosso campo pessoas e situações
semelhantes.
Repetimos o mesmo padrão, inúmeras vezes. Até que de alguma
forma possamos perceber isso e nos esforçar para modificar. Enquanto não tomamos
consciência e fazemos o movimento preciso, vamos atrair repetidamente a situação
dolorosa. Então, por que não transformar a dor em amor.
Escrito por Daniele Vanzan.
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