VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS.



É o tipo de violência mais evidente e fácil de detectar. Trata-se de lesões provocadas por qualquer motivo, incluindo as reações a condutas indesejadas pelos pais ou responsáveis pela criança. Podem confundir-se com lesões acidentais, porém o olho treinado de um pediatra ou docente saberá distingüí-las.
Existem diferentes tipos: escoriações, hematomas, luxações, fraturas, queimaduras, feridas por objetos cortantes, desgarros, lesões vicerais. As lesões podem ser provocadas por impacto, penetração, calor, uso de substâncias caústicas, substâncias químicas ou drogas.
Em geral, quando o adulto leva a criança a uma consulta médica, existem vários fatores que levam a suspeitar que certas lesões não sejam acidentais. O pediatra suspeitará quando:

a) Existem discrepâncias entre o relato do acontecimento e as lesões que se observam. Por exemplo: lesões em ambos os lados do corpo ou com diferentes graus de evolução, com a alegação que foram ocasionadas por uma queda de bicicleta. A lógica indica que neste tipo de acidente observam-se lesões no setor sobre o qual caiu o paciente, fundamentalmente nas zonas expostas e nas proeminências ósseas.
b) O tempo transcorrido entre o suposto acidente e a consulta é prolongado, ocorrendo várias horas, dias ou semanas mais tarde.
c) A consulta é realizada durante a noite ou madrugada. Os responsáveis pelo mau trato sabem que o pessoal de plantão está cansado, menos alerta e menos disposto a aprofundar o interrogatório.
d) Existem outros "acidentes" (fraturas, lesões), atendidos anteriormente em diferentes centros assistenciais.
e) Ainda que o relato e a atitude dos pais durante a consulta possam ser de aparente preocupação e de extensiva colaboração com a equipe médica, percebe-se uma chamativa ausência de angústia quanto à gravidade das lesões. Isto não ocorre habitualmente com os pais de crianças acidentadas.

http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3205&ReturnCatID=1781#Maltrato

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