UM OLHAR PARA SI .


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Podemos considerar que desde que o mundo é mundo existem pessoas em busca de alguém a quem amar, diversos contos de fadas, novelas, filmes e livros que nos mostram que encontrar um verdadeiro amor é necessário e após viveremos o tal " felizes para sempre". Claro, não podemos negar que achamos lindas essas histórias e que muitas delas nos levaram a sonhar com o nosso respectivo " verdadeiro amor". 
Porém, também devemos considerar que nessa busca implica muitas questões e serão delas que trataremos. Somos sujeitos "carentes", que buscamos ser aceitos, amados e pertencentes em algum lugar ou nesse caso a alguém, sendo que é importante que haja alguém quem nos dirija afeto, isso desde que somos bebes Winnicott já estudava sobre os "afetos" da mãe ao bebê, em um verdadeiro interesse em direção ao seu filho para que proporcione um desenvolvimento saudável.
Então o " afeto" é uma necessidade como qualquer outra. Outra questão é na busca de sentir esse afeto, ainda acreditamos que se deve ao encontrar alguém, seja quem for. 
As vezes por queremos tanto ser amados nos sujeitamos a parceiros "infelizes", que não contribuem para nosso desenvolvimento pessoal e muito menos em suprir nossas verdadeiras necessidades afetivas, ficamos aprisionadas a poucas demonstrações de afetos, pequenas mudanças momentâneas que acabam garantindo nossa prisão perpetua ao seu lado. Ou até mesmo galgamos arduamente, que temos vários e vários parceiros, sem foco, buscamos incansavelmente e não encontramos. 
E por que não encontramos? Já pararão para tentar entender por que não está dando certo seu relacionamento ou essa busca sem fim? Talvez, esteja em compreender que o " verdadeiro amor" está no " verdadeiro amor próprio", olhar para si mesmo. Roger (1961), retratou que quando sujeito consegue olhar para si, se torna alguém mais próximo do que deseja ser, possui mais clareza de seus aspectos interiores, será mais auto diretivo e autoconfiante, será mais compreensivo, mais aceitador com relação aos outros, estará mais apto a enfrentar os problemas da vida adequadamente e de forma mais tranquila. 
Assim, quando há reconhecimento de si, estaremos mais aptos a enfrentar nossas questões e saberemos lidar melhor com nossa necessidade de ser amada, conseguiremos entender que ser amada se dá quando nós mesmo nos amamos em primeiro lugar para que o outro seja um complemento. 
O outro não estará na sua frente e sim do seu lado, para te ajudar, pois criar um vínculo com alguém para compartilhar suas alegrias e angustias também é importante e gostoso. 
Não estamos desconsiderando a importância de um relacionamento afetivo, mas sim, considerar que não é saudável precisar ter um relacionamento para ser feliz. Colocar sua felicidade nas mãos do outro, sendo apenas você o responsável por ela.
Por: Larissa Barros de Jesus.
REFERÊNCIAS: CARL,Rogers.Tornar-se Pessoa. São Paulo, Martins Fontes, 1985. SAMPAIO, Vitor F. Reflexões sobre o conhecer si mesmo como acesso ao sentido. Revista NUFEN vol.5 no.1, São Paulo,2013. RAVANELLO, Tiago e MARTINEZ, Marisa de Costa. Sobre o campo amoroso: um estudo do amor na teoria freudiana. Caderno de Psicanálise.-CPRJ, Rio de Janeiro, Jul/dez.
Escrito por : Larissa Barros de Jesus.

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