Wilhelm Reich,Na sua obra, Psicologia é sempre Política.
Wilhelm Reich logo cedo ingressou na recém criada Sociedade Psicanalítica Internacional, quando Sigmund Freud ainda desenvolvia os primeiros conceitos da Psicanálise. Foi também um de seus maiores críticos e dissidente. As divergências de Reich que o levaram a afastar-se da Psicanálise foram quanto às origens e aos procedimentos para se tratar a neurose. Reich defendia a tese que uma pessoa é tornada neurótica por mecanismos sociais e políticos. Para ele, a neurose forma-se de fora para dentro, através do meio social autoritário e hierarquizado que impõe ao indivíduo desde cedo padrões e condutas de comportamento que se chocam aos seus. Este processo ocorre por um conjunto de regras e normas, na maioria das vezes de forma sutil e dissimulada, mas que vai gerando um perfeito ajustamento e diminuição de poder crítico nas pessoas. Reich afirmava categoricamente que, enquanto existir qualquer espécie de regulamentação moral, social ou política limitando a autonomia dos homens, não se poderá falar em liberdade real nem muito menos em saúde emocional.
Além de ser produto de mecanismos disciplinadores e de controle social, a neurose se instala em todo o corpo e não apenas na mente como acreditava a Psicanálise. Com isso, Reich traz para a psicologia uma nova e importante vertente, onde o corpo passa a ser utilizado como diagnóstico (através da leitura corporal) e local da ação terapêutica (através dos exercícios corporais). Reich defendia ser um desequilíbrio energético o que causa a neurose. Mas não apenas uma energia psíquica, e sim a energia única que circula por todo o corpo. Esta energia passou a ser designada de modos diferentes, mas com o mesmo significado: bioenergia, energia orgônica ou energia vital.
Fonte: http://www.somaterapia.com.br/soma/wilhelm-reich/
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