INVEJA : SADIA OU DOENTIA?

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A inveja nos transforma em seres intolerantes em relação ao sucesso dos outros. Sofremos por termos menos dinheiro, menos felicidade do que o vizinho. O objetivo é sempre ter "mais quantidade" daquilo que o outro tem, ainda que seja à custa da dor e da felicidade. Quem vive a partir desses conceitos só poderá ocupar o lugar de vítima, gastando mal o tempo, em vez de viver bem e permitir que o outro viva como lhe pareça melhor.
Quando alguém pergunta às outras pessoas se são invejosas, elas costumam responder que sim, que de alguma inveja padecem, mas que, na verdade, o que sentem é uma inveja sadia, e não doentia.
Muitos descrevem a inveja sadia como aquela emoção que reconhece que o outro tem algo que eles mesmos desejam e que ainda não obtiveram, porém que farão todo o possível para conseguir. Nesse ato, reconhece-se que alguém agiu, que trabalhou a milha extra que o outro ainda precisa percorrer para chegar ao mesmo lugar. Essa inveja não acarreta dor ou frustração.
No entanto, muitas outras pessoas enfrentam diariamente uma inveja doentia, que só gera contínuo desassossego, infelicidade, frustração e dor por não poder ter o que o outro tem ou conseguiu, de forma tal que as impossibilita de se ocupar do que realmente merece importância: nós mesmos e nossas ações.
Invejas sadias ou doentias, invejas ocultas ou expostas, invejas controladas ou descontroladas, são invejas no fim, invejas que afetam a nossa autoestima e nossas emoções e, em consequência, os nossos resultados.
Inveja sim, talvez. Concorrência? Paixões descontroladas? A inveja não tem sexo nem religião, classe social tampouco raça, é uma emoção que afeta qualquer indivíduo que não esteja focado na sua própria vida nem nas suas metas. Não é maior ou menor, nem sadia ou doentia, ou boa ou má.
Como afirma o filósofo espanhol Miguel de Unamuno: "A inveja é mil vezes mais terrível do que a fome, porque é fome espiritual", ao que Napoleão Bonaparte acrescentou: "A inveja é uma declaração de inferioridade."
O mundo está infestado de vidas obcecadas em vidas alheias, em conquistas de terceiros; são vidas que não conseguem ver o que está na frente delas mesmas. São vidas que se negam a dar valor às conquistas e aos êxitos que alcançaram. Trata-se de pessoas que estão cegas perante o valor de suas próprias vidas; vidas que possuem sem serem possuídas, sem serem desfrutadas nem exploradas ao máximo nível de prazer e de resultados.
Trata-se de vidas que desejam encarnar outras vidas; no entanto, serão capazes de tolerar e atravessar tudo aquilo que essas outras pessoas suportaram para chegar ao sucesso? Poderão emular os esforços, as paixões, os trabalhos, as milhas extras, a energia focalizada, o tempo, a dedicação, o estudo, a preparação, as metas e as estratégias desenhadas com esmero por quem é invejado?
Um velho ditado popular diz: "se você olhar para meu sucesso, olhe também para meu sacrifício." Sem sermos dramáticos, porém realistas, é necessário reconhecer que muitas das pessoas que hoje estão em um lugar de privilégio foram constantes, decidiram pagar o preço de trabalhar, de se esforçar e melhorar sempre um pouco mais. Dedicaram tempo a ouvir seus mentores, a superar-se, a sanar cada emoção que machucava sua autoestima e que os freava no caminho para o seu sonho. Trata-se de pessoas que não se detiveram até conseguir colher a recompensa que lhes correspondia pela sua semeadura.
São pessoas que souberam semear e depois colher, que souberam falar e pedir o que precisavam, bater e derrubar cada porta fechada sem se deter, pessoas que conheciam o princípio que diz: "Se você bater, abrirão; se pedir, lhe será dado; e se buscar, encontrará."
A sua busca pessoal é que dará sentido à sua vida; suas metas e seus objetivos serão os que o ligarão a seu destino; seus sonhos e seus propósitos focarão sua energia e suas ações.
Sonhar, projetar-se e ser cada dia um pouco melhor são os ingredientes de uma autoestima sadia que sabe que as limitações só estão na mente, que ninguém roubou nada de ninguém, que a felicidade depende do que ela mesma é capaz de possuir, que seu valor não está em função da aprovação nem do olhar alheio; que sua recompensa está esperando para ser recolhidas e que o sucesso está marcado com o seu nome.
Uma estoestima sadia não busca reconhecimento nem fama, nem se move por conveniências, só está focada para uma aprovação e satisfação pessoal; se o restante chegar, será bem-vindo, mas é livre da bajulação e daqueles que a exercem.
"Aceitando que agradamos a quem agradamos quando somos como somos, não queiramos agradar a mais gente mudando o nosso caráter porque, então, não seremos nem agradaremos."
Ninguém tem o direito de se comparar a você. Não olhe para ninguém, não se distraia, cresça o quanto puder. Não concorra com outras pessoas, você não precisa demonstrar nada a ninguém. Não precisa chegar onde o outro chegou, só precisa superar suas conquistas, seus próprios limites.
Você tampouco tem a obrigação de receber o salário que o outro recebe, mas, sim, melhorar seus ingressos atuais. Não está obrigado a ter o corpo dos modelos de plantão para ser aceito, só trabalhe para poder gozar de uma boa saúde física e mental.
Seja a melhor versão de si mesmo e tenho certeza de que o "ibope" estará do seu lado!
Escrito por : BERNANDO STAMATEAS.

"Gente Tóxica" ensina a identificar invejosos doentios a nossa volta.

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