Ficar magra não resolve tudo





“Quando eu emagrecer, todos os homens do mundo vão olhar pra mim e vou arrumar um emprego incrível. Todos os meus problemas vão desaparecer”, este era o pensamento da analista de marketing Joana Cannabrava quando estava alguns quilos acima do ideal. Ela emagreceu treze quilos, mas a vida não se tornou o paraíso que imaginava. Joana não está sozinha em sua idealização: muitas mulheres dividem essa esperança de que, quando a barriga sumir e o culote desaparecer, junto com eles vão todas as dificuldades da vida.

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A psicanalista especialista em transtornos alimentares e obesidade Maria Elizabeth Gatto afirma que os problemas existenciais definitivamente não se resolvem com a perda de peso. “É claro que emagrecer tem vários benefícios. A saúde melhora, normalmente, a autoestima também. Além disso, os mais gordinhos sofrem bastante preconceito. Com o emagrecimento, certas questões ficam resolvidas.”
Só que depositar na perda do peso uma esperança de mudança de vida radical é irreal. “Normalmente, a busca pelo corpo esbelto e magro já começa fantasiosa. Mas os problemas existenciais não se resolvem com o problema de peso”, diz. “Nem tudo melhora com o emagrecimento, senão nenhum magro teria depressão, por exemplo”.
Joana conta que batalhou muito para deixar para trás os odiados quilos a mais na balança. Mas, depois que atingiu o pesou ideal, veio o baque da realidade. “Eu desabei. Quando eu estava com o corpo que sempre quis, percebi que tinha acabado com minha autoestima”, conta. Isso aconteceu, segundo ela, porque a obsessão pelo emagrecimento fez com que deixasse de enxergar qualquer outro lado seu. Para ela, estava sempre feia.

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